Os computadores tiveram três estágios de evolução, levando-se em conta os avanços tecnológicos:
- Mecânicos (1642) - consistiam basicamente de um conjunto de engrenagens que executavam operações aritméticas básicas, como somas, subtrações. Exemplos desses computadores foram as Máquinas Diferencial e Analítica, de Blaise Pascal, que estavam mais para máquinas calculadoras do que para computadores.
- Eletromecânicos (1930) - foram uma evolução do primeiro estágio, sendo que o mecanismo básico de operação são os relês, atuando como chaves. Neste modelo os acionamentos da parte mecânica deixaram de ser manual e passou a ocorrer pela ação de relês.
- Eletrônicos (1943) - este terceiro estágio é o mais significativo e o que realmente concretizou o anseio do homem de criar uma máquina capaz de realizar os cálculos mais rapidamente, com maior precisão e autonomia.
Pode-se caracterizar a evolução dos computadores modernos, ditos eletrônicos, em quatro gerações, com base no tipo ou tecnologia do dispositivo eletrônico utilizado como elemento básico de construção:
- 1ª Geração (1943) Válvula – Esta primeira geração de computadores eletrônicos é caracterizada pela utilização do dispositivo eletrônico, denominado de Válvula, como elemento de chaveamento. Devido às características das válvulas, estes computadores eram grandes, pesados, ocupavam muito espaço físico, além de consumirem muita energia. Um exemplo é o ENIAC (Eletronic Numerical Integrator and Computer) que era constituído por 18.000 válvulas, 1.500 relês e 70.000 resistores, pesava 30 toneladas e consumia 150Kwatts/hora.
- 2ª Geração (1956) Transistor – A segunda geração foi em decorrência da adoção de um novo dispositivo eletrônico no lugar da válvula, o transistor. Com este dispositivo os computadores sofreram uma redução significativa no tamanho, peso e espaço, mas com um aumento expressivo de capacidade de processamento devido à incorporação de mais recurso.
- 3ª Geração (1964) Circuito Integrado (CI) – Com o advento dos circuitos integrados, inventado por Jack Kilby em 1958, possibilitou-se o desenvolvimento de computadores ainda mais potentes e compactos, o que ocasionou uma difusão da utilização dos computadores para outros segmentos que não fosse somente para grandes corporações como era até a geração anterior. Os circuitos integrados, como o próprio nome indica, possibilitaram uma integração de diversos circuitos, antes separados em placas, em um único encapsulamento resultando principalmente em uma redução do tamanho e um incremento considerável na capacidade de processamento.
- 4ª Geração (1971/1980) VLSI/Computador Pessoal – Esta geração possui dois momentos interligados: advento do microprocessador e o desenvolvimento do microcomputador ou computador pessoal. O microprocessador foi o primeiro circuito integrado classificado como VLSI (Very Large Scale Integration) – chips com mais de 100.000 portas lógicas -, e que por sua vez possibilitou o desenvolvimento dos computadores pessoais. Este fato ocasionou a difusão da computação para todas as áreas do saber, inclusive para uso pessoal e para lazer. O primeiro microprocessador foi Intel 4004 em 1971 e os primeiros computadores pessoais são da década de 80, como no caso do Apple.
Essa história ainda não está completa, pois a cada momento são desenvolvidas novas tecnologias e que são incorporadas nos projetos de novos computadores. Desse modo, pode-se esperar novos estágios de evolução e de geração de computadores, mas em sua essência preservam os fundamentos presentes nos primeiros computadores.
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